Tem-se
debatido um bocado nos últimos tempos sobre a jornada de trabalho do
educador, a partir das confusões nos arraiais tucanos que ora uns desses
pássaros agourentos defendem 125 ou 150 horas e ora defendem um limite
de 100 horas. Em um momento pregam a hora aula e em outro ameaçam com
hora relógio.
Precisamos
deixar claro o que defendemos: A nossa proposta é de jornada única,
onde o professor receba 200 horas e trabalhe em apenas uma única escola.
Isso
reflete positivamente na educação, pois favorece o vínculo do professor
com a escola e permitiria um ensino qualificado. Enquanto não se
conquista essa situação definitivamente devemos defender a lotação que
favoreça a permanência do professor em menos escolas. Portanto, quanto
maior a sua carga horária em uma escola, melhor.
A
luta das tendências tucanas é uma constante na SEDUC, o que revela que
há muito tempo não há uma política (com p maiúsculo) que oriente a
organização da educação básica paraense. A falta de definição até a
presente data sobre o formato da lotação dos educadores nos espaços
pedagógicos, levando muitos professores a desistiram dos espaços e de
seus projetos é mais um indicador de que o governo não sabe o que quer e
que não tem projeto.
Será que o governo já sabe para que servem estes espaços?
O
ideal é que os professores ficassem numa só escola, onde possam dar
aulas e também desenvolver outras atividades formativas (como ocorre nas
universidades). Por enquanto poderia-se deslocar parte da carga horária
dos professores para o desenvolvimento de “projetos educativos”, como
já acontece no some.
Na
quadra atual, os professores que ainda estão nos espaços pedagógicos
encontram-se desmotivados e são as grandes vítimas da disputa das
tendências tucanas.
Em resumo, essa situação revela falta de direção e é resultado da falta de projeto.
Thiago Barbosa
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