terça-feira, 12 de junho de 2012

A jornada de trabalho e a defesa do ensino de qualidade

Tem-se debatido um bocado nos últimos tempos sobre a jornada de trabalho do educador, a partir das confusões nos arraiais tucanos que ora uns desses pássaros agourentos defendem 125 ou 150 horas e ora defendem um limite de 100 horas. Em um momento pregam a hora aula e em outro ameaçam com hora relógio.
Precisamos deixar claro o que defendemos: A nossa proposta é de jornada única, onde o professor receba 200 horas e trabalhe em apenas uma única escola.
Isso reflete positivamente na educação, pois favorece o vínculo do professor com a escola e permitiria um ensino qualificado. Enquanto não se conquista essa situação definitivamente devemos defender a lotação que favoreça a permanência do professor em menos escolas. Portanto, quanto maior a sua carga horária em uma escola, melhor.
A luta das tendências tucanas é uma constante na SEDUC, o que revela que há muito tempo não há uma política (com p maiúsculo) que oriente a organização da educação básica paraense. A falta de definição até a presente data sobre o formato da lotação dos educadores nos espaços pedagógicos, levando muitos professores a desistiram dos espaços e de seus projetos é mais um indicador de que o governo não sabe o que quer e que não tem projeto.
Será que o governo já sabe para que servem estes espaços?
O ideal é que os professores ficassem numa só escola, onde possam dar aulas e também desenvolver outras atividades formativas (como ocorre nas universidades). Por enquanto poderia-se deslocar parte da carga horária dos professores para o desenvolvimento de “projetos educativos”, como já acontece no some.
Na quadra atual, os professores que ainda estão nos espaços pedagógicos encontram-se desmotivados e são as grandes vítimas da disputa das tendências tucanas.
Em resumo, essa situação revela falta de direção e é resultado da falta de projeto.
 
Thiago Barbosa

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